Quando pequena sempre quis um
animal de estimação, e minha mãe insistia em dizer: - Um peixe? Um passarinho?
E eu repetidamente respondia: - Esses eu não posso por na coleira e sair
passear na rua mãe!
Fui crescendo e aceitando os passarinhos e peixes, aprendi algumas coisas com eles que vou levar pra vida. Alguns morreram, muitos estão por aí, e lembro sempre deles quando penso em relacionamentos.
Fui crescendo e aceitando os passarinhos e peixes, aprendi algumas coisas com eles que vou levar pra vida. Alguns morreram, muitos estão por aí, e lembro sempre deles quando penso em relacionamentos.
Em nosso atual estado de
sobrevivência muitos de nós só querem alguém pra por na coleira e desfilar na
rua, é mais fácil né?! Sabemos que ter um passarinho é lidar com o fato de que
ele pode levantar voo a qualquer momento e que pra ele ficar, deve haver esforço,
dedicação e amor em doses diárias. Talvez seja mais trabalhoso mantê-lo, talvez
a ideia de se dedicar a dar motivos diários para o passarinho não ir embora
faça muitos desistir dele e optar pelo cachorrinho, que vai estar sempre ali,
te esperando voltar, mesmo que você não dê bola ele vai te lamber, te mimar, e
fingir que não viu que você esqueceu-se dele algumas vezes.
Infelizmente os relacionamentos guiados por uma coleira de medos se tornam cada dia mais comuns, e poucos tem o prazer de ter um passarinho em casa, que canta diariamente a beleza de estar com quem deseja pelo simples fato de querer.
Infelizmente os relacionamentos guiados por uma coleira de medos se tornam cada dia mais comuns, e poucos tem o prazer de ter um passarinho em casa, que canta diariamente a beleza de estar com quem deseja pelo simples fato de querer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário