17 julho 2013

Sem nome aos bois, por favor.

Vivemos com uma mania de racionalizar relações e sentimentos extraordinariamente curiosa, queremos dar nomes aos bois, rotular sentimentos como produtos que compramos no supermercado, queremos atribuir tabela nutricional ao amor!

Sempre questionei essa história de ficantes, namorados, noivos, casados... Já namorei um ano e não vivi metade do sentimento que borbulhou dentro de mim em uma única noite com outra pessoa, esta a qual não foi nada minha, segundo os rótulos da sociedade. Essa mania de ficar colocando carroça na frente dos bois, dando nome ao sentimento, e exigindo da outra pessoa algo que nossa cabeça impõe é o maior final infeliz de todos os tempos.

Mas daí vem o cara e me diz: “tá e quando eu for falar com terceiros sobre ela?” fala o nome dela, e se mesmo assim não perceberem quem é ela através das tuas palavras, teu brilho no olho ou teu sorriso e te questionarem “o que ela é tua?” responde com a mente aberta  “ela é quem me faz bem”, pronto, precisou dar algum rótulo?

Por uma sociedade menos moralista, menos rotulada e menos falsa. Por um mundo com mais brincadeiras de casinha e menos casamentos pomposos. Tudo por um alguém que faça bem, e não com bens. Por camas com mais sentimentos e menos pensamentos. Por beijos irracionais, abraços calorosos e pessoas leves.


E não, amor não é pra sempre, é enquanto durar, e pra mim, já está ótimo!


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